segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Surpresas e sonoridade repaginada encantam plateia de Guilherme Arantes no show de 35 anos de carreira no Citibank Hall (SP)



Bom ... vamos lá .... Um show de 35 anos é um show de 35 anos.

E nem podia ser diferente. Mas nós do Planeta Guilherme Arantes Fã Clube achamos que nem o fã mais otimista do cantor imaginaria ver o que se viu na noite de 12 de agosto de 2011, no Citibank Hall de São Paulo. Foram quase 3 horas do mais puro pop rock brasileiro – dele mesmo – um dos inventores do gênero no Brasil.


A gente já tinha visto o show de 3 horas e meia do Auditório Ibirapuera. Mas aquele foi um lindo show solo.. Nada a ver com o tom imprimido neste aqui. E este show de 35 anos não podia ter sido mais especial. Guilherme entrou cantando Raça de Heróis com uma vitalidade surpreendente. Olha ... nem parecia que ele nem era mais aquele menino cabeludo que apareceu no videoclipe de "De igual para igual" de 1978 ou no Chacrinha em 1979 - como mostrou o telão quase no finalzinho do show. E o avô do Davi arrasou. Depois cantou A cidade e neblina – do primeiro CD – aquele mesmo – de 1976 – aquele em que ele vem caminhando pela Rua da Alfândega no Rio de Janeiro – com um piano fake na paisagem.


Mas de fake este show não teve nada. O som estava impecável, a iluminação idem. O Kalil, Marião, Leleco , Paul e todos os demais componentes do grupo estavam mais do que inspirados. Os músicos nem se fala – Willy Verdaguer, Luiz Sergio Carlini, Alexandre Blanc e Gabriel Martini super sintonizados e concentrados. E até um aditivo de som teve. Como é mesmo o nome daquilo?! Vamos ver .... Ah sim! O tal de MUTRON FLANGER que deu um trabalhão pro Guilherme o show todo, mas que valeu a pena cada minuto.


O primeiro desses – é uma estória complicada - ele tinha comprado nos anos 70 mas acabou dando de presente pro Sérgio Batista – e agora Guilherme voltava a usar um, tanto tempo depois. Pelo menos foi o que ele disse para o público que se divertiu muito com a sinceridade do cantor. A falta de prática com o "bichinho" foi visível – mas quem ligou pra isso?! O público estava elétrico e hipnotizado diante do mais atípico dos músicos da MPB ... digo ... pop ... digo .... rock .... digo ... tudo isso enfim....


Depois desse início já apoteótico, o show voltou pro roteiro mais conhecido e a setlist desfilou Amanhã, Êxtase, Brincar de viver, Pedacinhos, Blue moon para sempre e Meu mundo e nada mais e todos os hits já conhecidos de Guilherme.


Mas, lá pelas tantas, Guilherme anunciou que cantaria uma canção nova – aquela tal que ele enviou para Maria Bethânia ano passado e que não deu tempo de entrar nos dois CDs recém lançados pela cantora na Biscoito Fino. O clima foi de suspense e ele surpreendeu mais uma vez a todos chamando ao palco a banda vocal Perseptom, que imprimiu uma cara meio Boyz II Men, meio R&B a “Você em mim” - o que deixou a plateia atônita. Os meninos são ótimos, a canção é linda e a química entre ambos foi perfeita.


Mas viriam mais novidades: Coisas do Brasil e Marina no ar numa batida meio Doobie Brothers – vejam só .... E não é que ficou demais. O resultado foi maravilhoso e surpreendeu a todos novamente. O público foi ficando cada vez mais envolvido pela empatia de Guilherme, que de vez em quando parava o show para saudar um primo aqui, o padrinho ali, a mãe e as irmãs acolá. Foi mesmo um show em família. Foi um show entre amigos. Foi um show esse show! Temos pena de quem perdeu! Haverá outros muitos, certamente ... Mas esse dos 35 anos quem viu, viu .... quem não viu, não sabe o que perdeu!

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